Brilho de Mulher: Dia do Abraço

Hoje, dia 22 de maio, comemora-se o Dia do Abraço!

Quem não gosta dessa demonstração de carinho? O toque é essencial ao ser humano, contato físico, trocas de afetos... Existem diversas definições para o abraço, ele pode ser apertado ou tímido, para dizer olá ou tchau, a partir dele se transmite emoções e, é até mesmo uma forma de diálogo, pois cada abraço diz algo e também pode ser uma resposta.

Abraços são dados como forma de apoio, conforto, proteção, demonstra amor, carinho, compreensão, são trocas de afeto entre casais, entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, são ofertados em momentos alegres e também naqueles que são tristes.

Um abraço pode mudar um sentimento, uma decisão, pode ser um começo ou um fim.

Algumas datas especiais têm o abraço como símbolo, por exemplo, nos aniversários e na virada do ano. Mas podemos doar e receber abraços a qualquer momento, abraço de cumprimentos, de agradecimentos, de parabenizações, de acolhimento, de incentivo, abraço sem motivo especial, simplesmente por vontade de abraçar (esses são os mais sinceros)!

Alguns psicólogos se referem à teoria que escolhi para seguir minha profissão, a Abordagem Humanista, como "Terapia do Abraço". Por muitas vezes me irritei com essa afirmativa, porque as pessoas que dizem isso não têm conhecimento sobre a ACP (Abordagem Centrada na Pessoa), não têm fundamentos. Mas hoje não ligo mais, o que entendi com isso é que essas pessoas não percebem como é importante o contato físico, elas têm medo de se aproximar do outro, de encostar em seu cliente/paciente. Não ficamos espalhando abraços, nem os damos a todo momento, sabemos, dentro dos limites, quando e como ele é necessário!

A ACP não é "Terapia do Abraço", mas eu acredito sim no efeito terapêutico do abraço!

O abraço acalma, ameniza emoções, relaxa, abre corações, o abraço alegra, anima, tranquiliza, o abraço é troca de energias, de consideração, de carinho!

Agora um texto de Martha Medeiros, intitulado "Dentro de um abraço":

"(...) onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Meu palpite: dentro de um abraço. Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.

O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.

Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço de família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beira mar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama? Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa um amor senão dentro de um primeiro abraço? (...)"