O uso da maquiagem começou no antigo Egito. Naquela época os faraós consideravam a maquiagem dos olhos como destaque fundamental para evitar que se olhasse diretamente para Rá, o deus-sol. Para eles, os olhos eram a alma da pessoa e, por causa dessa crença, as mulheres caprichavam na maquiagem em volta dos olhos.
Devido ao calor, para proteger os olhos dos raios de sol e também afugentar insetos, criaram uma mistura de carvão com óleo vegetal ou gordura animal, formando uma espécie de delineador, chamado de Kohl. Mulheres, homens e crianças usavam o Kohl. Essa foi a mais antiga das maquiagens.
As mulheres, além de alongarem os olhos e definirem as sobrancelhas com a cor preta do Kohl, realçavam as pálpebras com um pó verde à base de malaquita - um mineral -, na boca passavam carmim - um pigmento de cor vermelha extraído do inseto Cochonilha - e, no rosto um pó avermelhado.
Cleópatra |
Cleópatra representou bem a beleza ideal daquela época. Poderosa e carismática ela imortalizou seu tratamento, que era, segundo a lenda, antes de dormir aplicar no rosto uma pasta, uma mistura de leite de cabra e miolo de pão e, banhar-se em leite com mel. E todos os dias cobria seu rosto com argila e maquiava seus olhos com Kohl.
Nasce a primeira base cremosa facial: O primeiro creme facial do mundo foi criado pelo físico Galeno, por volta de 150 a.C. Era uma mistura de água, cera de abelha e azeite de oliva. Depois de um tempo o azeite foi substituído pelo óleo de amêndoas e adicionou também bórax, que ajudou na formação da emulsão, diminuindo o tempo de processo. Esta foi a primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação na face.
Nasce o pó compacto: Os romanos gostavam de manter a pele do rosto bem clara, para isso eles aplicavam uma mistura de pó de arroz, trigo e azeite de oliva ou gordura animal.
Na Idade Média (séculos XIII e XIV) a moda era ter a aparência pálida. Para consegui-la as mulheres evitavam a exposição ao sol ou usavam pós e pastas brancas sobre o rosto. As cores eram usadas de acordo com a classe social. O vermelho e o rosa eram as cores escolhidas pelas prostitutas. O uso da maquiagem era condenado pela Igreja Católica, mas apesar da postura radical da igreja e dos rígidos costumes, com os desenvolvimentos científicos o ato de pintar os lábios virou moda naquela época.
O rosto pálido continuou como padrão de beleza nos séculos XV e XVI. Homens e mulheres escondiam suas imperfeições embaixo de várias camadas de pintura branca, usando pó de caulim, gesso ou arroz.
Elizabeth I |
Maria Antonieta |
Nasce o batom: Em 1883 o perfumista Rhodopis lança um bastão composto por talco, óleo de amêndoas, essência de bergamota e limão, gordura de cervo e corante vermelho.
Nasce a máscara de cílios: Foi inventada pelo perfumista francês Eugene Rimmel no século 19. Em 1917 o químico T. L. Williams aprimorou o produto a pedido de sua irmã, Maybel, misturando vaselina e pó de carvão. Sua pequena empresa, chamada Maybelline, se tornou uma das líderes na indústria de cosméticos. O surgimento do tubo com bastão de aplicação tornou o "rímel" mais atrativo para o mercado e, essa mudança deu início aos produtos que estão disponíveis atualmente.
Nos anos 90 ganha muita importância a era do benefício visível, desde essa época a maquiagem só vem evoluindo. Atualmente temos à nossa disposição produtos que além de colorir, cuidam, limpam, perfumam, hidratam e protegem a pele. Temos a possibilidade de escolher produtos específicos para cada tipo e cada cor de pele. Novas texturas, cores e efeitos surgem a cada dia.
Com a evolução e aperfeiçoamento da maquiagem, ela foi transformada de uma simples ferramenta de vaidade em um acessório importante aos cuidados pessoais. Além de corrigir as imperfeições, deixa os traços mais bonitos e valorizados. A maquiagem ajuda a melhorar o aspecto externo, a beleza física.
Costumo dizer que não existe mulher feia se ela sabe fazer um bom uso da maquiagem!
Algumas maquiagens atuais:
Fico por aqui! Eu quis, antes de postar maquiagens, contar um pouquinho sobre sua história.
Abraços e beijos,
GabsPaschoalini
Fontes: